domingo, 29 de março de 2015

ALERTA AO DISCURSO DE ÓDIO QUE TEM SIDO DIFUNDIDO NAS REDES SOCIAIS POR CONTA DA DESPOLITIZAÇÃO DE GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO/ AS CONTRADIÇÕES DO GOVERNO FEDERAL QUE NÃO QUER COLHER O QUE PLANTOU E AO MESMO TEMPO QUER COLHER O QUE NÃO PLANTOU/ A PAZ SOCIAL É FRUTO DE UMA SOCIEDADE JUSTA E VICE-VERSA/ A JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS NÃO RESOLVERÁ OS NOSSOS PROBLEMAS AINDA MAIS NUM PAÍS QUE TEM 60.000 HOMICÍDIOS/ANO (+ ALTA TAXA DE HOMICÍDIOS DO MUNDO)


ALERTA AO DISCURSO DE ÓDIO QUE TEM SIDO DIFUNDIDO NAS REDES SOCIAIS POR CONTA DA DESPOLITIZAÇÃO DE GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO/ AS CONTRADIÇÕES DO GOVERNO FEDERAL QUE NÃO QUER COLHER O QUE PLANTOU E AO MESMO TEMPO QUER COLHER O QUE NÃO PLANTOU/ A PAZ SOCIAL É FRUTO DE UMA SOCIEDADE JUSTA E VICE-VERSA/ A JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS NÃO RESOLVERÁ OS NOSSOS PROBLEMAS AINDA MAIS NUM PAÍS QUE TEM 60.000 HOMICÍDIOS/ANO (+ ALTA TAXA DE HOMICÍDIOS DO MUNDO)

O conturbado contexto político do país se reflete nas redes sociais, o grande problema é que neste momento as pessoas desinformadas podem ser induzidas a entrar numa guerra civil por conta das informações manipuladas divulgadas por setores retrógrados da imprensa que decidiram claramente fazer uma oposição sistemática ao governo para tentar jogar a população contra a gestão federal a qualquer custo.

Observo atentamente nas redes sociais o surgimento de novas páginas que se colocam no campo da direita mais reacionária do país. Mas isso também é um índice da transmutação do conservadorismo no Brasil. 

Infelizmente, o controle da corrupção aqui no Brasil se tornou um fracasso, mas vale ponderar que inexistem quaisquer correlações entre a corrupção e o aumento dos preços dos combustíveis apesar de vários setores da imprensa divulgarem que tais aumentos foram concedidos para a população ajudar a cobrir os rombos na Petrobrás.

Sabemos que tais informações são inverídicas por conta da nova matriz energética que tem sido adotada pelos Estados Unidos (Xisto Betiminoso) e que tem sacudido as cotações internacionais do petróleo "brent".

Lamentavelmente percebemos que a equipe de governo que foi montada para iniciar o 2º mandato presidencial de Dilma Rousseff é desastrosa e se notabiliza por ser pouco hábil no trato de questões que exigem objetividade e clareza para enfrentar os desafios que estão sendo lançados.

Percebo que a nossa presidente tem sido muito mal assessorada no trato de questões estratégicas do governo, sobretudo na área de comunicação.

Essa condução fracassada aos desafios impostos alimenta ainda mais a despolitização do povo. 

E a despolitização é o combustível perfeito para alimentar as notícias distorcidas da realidade que provocam a hostilidade do povo para com as instituições republicanas, sobretudo ao poder executivo federal representado pela  Presidência da República.

A despolitização não é apenas um processo produzido pelos “repressores”, mas no caso concreto também decorre de sucessivos governos mergulhados em escândalos de corrupção e que são tecidos por relações políticas absolutamente cínicas em nome de alguma governabilidade.

Infelizmente este modo 'kamikaze" de governar tem complicado ainda mais as relações do poder executivo federal com os outros poderes a exemplo do Congresso Nacional.

Hoje muitos falam do Mensalão Petista, mas muitos já se esqueceram do escandaloso esquema de compra de votos nos bastidores da votação da Emenda Constitucional nº 16/1997 (emenda da reeleição) que alterou a Constituição Federal permitindo em 1998 a reeleição de FHC para o seu segundo mandato presidencial.

Quanta memória curta hein...

Atualmente o governo federal vive um grande paradoxo, senão vejamos 2 variáveis que são antagônicas entre si...

1) Não está gostando de colher o que plantou por conta das reprovações sucessivas e em percentuais cada vez maiores em pesquisas realizadas junto a opinião pública em face as sucessões de equívocos e contradições detectados em suas políticas governamentais recentes quando por exemplo alterou as regras de concessão de benefícios previdenciários sem qualquer diálogo com a sociedade.

Sem contar que na campanha eleitoral prometeu que não iria adotar medidas impopulares contra o povo brasileiro, o que não se viu na prática.

2) Por outro lado quer colher o que não plantou, tendo em vista que o aumento da capacidade produtiva do país dependeria de um investimento maciço em educação, pois a boa formação profissional possibilitaria uma grande expansão do mercado de trabalho por conta da disponibilidade de mão-de-obra produtiva, seria um consectário natural se a política educacional realmente fosse levada a sério.

Só que estas reformas educacionais não aconteceram ao longo destes 13 anos, pois criaram uma ilusão de que era possível ascender socialmente apenas melhorando os salários, facilitando o acesso ao crédito e permitindo o acesso a bens de consumo que antes eram inacessíveis por parte expressiva da população nos governos anteriores, só que a ilusão acabou.

Existem insatisfações? 

Sim, sabemos que elas existem, mas nada justifica a tal Intervenção Militar que sequer tem previsão legal na nossa Constituição Federal, a Constituição Cidadã e que por ser garantista jamais permitiria a existência destas "aberrações jurídicas".

Tais teses absurdas são alimentadas por conta da desinformação e a despolitização de parte expressiva da sociedade brasileira; por outro lado o que mais surpreendente ainda é ver pessoas letradas, com nível superior e até mesmo àquelas que são formadas em Direito defendendo tais excrecências.

É preciso dialogar com o povo afirmando sempre que uma sociedade justa é a que produz a paz social e vice-versa (que a paz social é fruto de uma sociedade justa), que é o desdobramento natural de algo construído historicamente ao longo do tempo e não uma sociedade que só obedece ordens, que tende a depender cada vez mais de armas para garantir o "status quo" e que imagina que a resolução de conflitos sociais, políticos e econômicos dependem da morte e da destruição do outro.

Este discurso radical, extremado, militarista e armamentista tem crescido nas redes sociais e é muito perigoso num país como o Brasil que já ostenta a mais alta taxa de homicídios do mundo com 60 mil mortes/ano. Já temos problemas demais com a violência urbana.

Segue adiante uma animação dos ciclos econômicos e políticos do Brasil, espero que vocês não se enquadrem no rol apontado pelo quadro.

Torço para que vocês sejam exceções da regra.

Fiquem alertas!

Antoniel Ferreira Junior
Salvador, 29 de março de 2015.

terça-feira, 24 de março de 2015

QUEREMOS PAZ E NÃO FAREMOS O JOGO DOS EUA, POIS A GUERRA NÃO RESOLVERÁ OS PROBLEMAS ECONÔMICOS, SOCIAIS E POLÍTICOS DO BRASIL E SIM AGRAVÁ-LOS/ O NOVO PARADOXO DO ACESSO A INFORMAÇÃO...



A tentativa de reeditar a Marcha Pela Família com Deus Pela Liberdade no último dia 15 de março de 2015 da mesma forma que fizeram na época do Golpe de 64 não vingou, tendo em vista que há duas variáveis importantes que devem ser levadas em consideração: a primeira variável consiste no fato de inexistir o apoio da Igreja Católica, até por que o nosso querido Papa Francisco II é da Argentina que assim como o Brasil é um país cuja presidente sofre a nível local os mesmos ataques de alguns setores da imprensa argentina destinados a tentar enfraquecer os governos dos países sul americanos que se isolam cada vez mais dos EUA por conta sua sua politica externa equivocada e que não respeita a soberania e a capacidade de auto-determinação dos povos do Cone Sul.

É preciso um senso de percepção muito aguçado para compreender a complexidade das questões nacionais, com o destaque de que o aumento nos preços dos combustíveis não possui qualquer correlação direta com os problemas na Petrobrás, este arrazoado não almeja sob qualquer aspecto defender a corrupção, isto está absolutamente fora de cogitação, todavia para compreender o que acontece aqui no Brasil é muito importante olhar para fora dele, pois há conjecturas externas em curso e é preciso compreendê-las para perceber que há muita manipulação de informações a fim de tentar jogar a população contra o governo e provocar instabilidade política, institucional e por fim o caos social para tentar levar o país a um conflito armado interno (guerra civil).



Até mesmo a Alemanha que alhures ao Cone Sul na condição de ser a maior potência econômica da Europa também cogita se desvincular da OTAN - Aliança Militar do Atlântico Norte para se aliar aos BRICs (bloco econômico e militar formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China), fato agravado pelos gravíssimos escândalos de espionagem que foram descobertos e envolvem vários chefes de Estado, inclusive líderes mundiais a exemplo da chanceler alemã Ângela Merckel. 

Se um dia o Japão e a Coréia do Sul superassem as suas desavenças históricas com a China e também se juntassem aos BRICs seria ótimo, pois aumentaria o isolamento dos EUA perante aos demais países e fortaleceria ainda mais os BRICs.



A segunda variável consiste na falta de apoio dos movimentos populares, o absurdo ódio de classes que foi visto nas últimas manifestações de 15 de março de 2015 denotam que este movimento foi idealizado e concebido por burgueses (a turma criada com Toddynho e biscoito recheado) e que não possuem qualquer identificação com as massas populares, sendo a razão primeva do esvaziamento das recentes manifestações.

E ainda, vale frisar que os famigerados argumentos de que o Bolsa Família acomoda as pessoas menos abastadas a irem as ruas se manifestar contra o governo também não se sustentam, pois se realmente fossem atingidas pelas tais turbulências econômicas que a imprensa brasileira tanto insiste em escandalizar a fim de jogar a população contra o governo seria muito fácil trazê-las as ruas, pois são exatamente estes os segmentos mais prejudicados pelas instabilidades na economia e portanto mais fáceis de serem mobilizados.

Onde já se viu moradores dos bairros mais nobres de Salvador  a exemplo da Graça, Barra e Pituba fazendo um tal "panelaço" contra o governo federal, estes tais "panelaços" não deveriam acontecer nos bairros periféricos da cidade?

Por quê não ocorreram?

Em fim, tentam desesperadamente simular uma realidade que não lhes pertencem e que sequer existe na prática e que mais uma vez denota a falta de similitude e sintonia destas pessoas com os movimentos populares.





Por falar neste abominável ódio de classes que estão criando aqui no Brasil, é válido alertar que estas segregações sociais reacionárias feitas na sociedade brasileira são perigosas sementes que no futuro poderão levar o país a uma guerra civil, pois criam-se grupos sociais hostis entre si e que podem entrar num conflito armado e quando este ocorrer será iniciada a guerra civil brasileira, já temos problemas demais com a violência urbana.

O primeiro passo para a guerra consiste em criar estas segregações em dois planos, um plano inicial consiste no clima de pânico e de instabilidade política que alguns setores da imprensa tentam implantar desesperadamente aqui no Brasil para gerar pânico e insegurança nas pessoas e em segundo plano estimulam a hostilidade entre grupos sociais antagônicos para que estes entrem em conflito. 






Por isso recomenda-se que estejamos muito atentos as divulgações nos meios de comunicação tradicionais, sobretudo a Rede Globo, Estadão, revista Veja e congêneres.

O grande segredo é não entrarmos neste jogo, queremos paz e não guerras internas, isso só vai permitir que países inescrupulosos que desrespeitam a soberania e a capacidade de auto-determinação dos outros países a exemplo dos EUA possam explorar as nossas riquezas sem quaisquer questionamentos da mesma forma que fazem em alguns países da África que estão ou já estiveram em guerras civis recentes a exemplo de Serra Leoa, Congo, Nigéria, Angola, Sudão, etc...

Todos os países em guerras internas tem como aspectos comuns um quadro crítico de instabilidade política e institucional associado a grupos sociais e/ou étnicos antagônicos e que são hostis entre si em conflito.

Não deixem plantar estas sementes aqui no Brasil.

Agora abordemos a conjuntura externa internacional e para ilustrá-la segue a paradoxal reportagem do  jornal espanhol El Pais sobre a nova ordem no mercado mundial de petróleo.




A produção de combustíveis fosseis a partir do fracionamento do Xisto Betuminoso delineia uma nova matriz energética para concorrer com os países exportadores de petróleo.

O maior alvo da concorrência são os paises vinculados a OPEP - Organização dos Paises Exportadores de Petróleo (paises do Oriente Médio e alguns poucos do norte da Africa e América do Sul). Vale destacar que aqui na America do Sul a Venezuela e o Equador fazem parte da OPEP.

Agora os EUA também querem competir com os países que investem na exploração do petróleo na camada pré-sal (5 a 7 mil metros de profundidade) a exemplo do Brasil.

O processo de extração de combustíveis fosseis do Xisto Betuminoso é extremamente complexo, o processamento químico dos produtos utilizados deve ser muito cuidadoso, pois geram grandes riscos ambientais e a saúde principalmente no que tange a contaminação dos mananciais de água e lençóis freáticos com o Gás Metano, uma substância altamente tóxica e que pode trazer sérios problemas a saúde da população norte americana.




Apesar dos sérios riscos ambientais e a saúde pública os mandatários do setor nos EUA preferem correr o risco para alcançar os seus objetivos na área energética, econômica e acima de tudo para manter a hegemonia do país perante os demais.

Se o preço do barril de petróleo no mercado internacional continuar em valores tão baixos (valor atual 52 dólares quando outrora já chegou a  U$$ 150,00) até a exploração de petróleo na camada pré-sal aqui no Brasil poderá ser economicamente  inviabilizada, pois os altos custos de produção não serão repostos na comercialização dos barris extraídos, sendo necessário repassar estes custos para os consumidores.

Não se surpreendam se no futuro tivermos novos aumentos nos preços dos combustíveis aqui no Brasil, todavia vamos pensar positivo e torcer para o preço internacional do barril aumentar lá fora para que isso não aconteça (reflexo).



Hoje por causa desta nova fonte energética (Xisto Betuminoso) os EUA importam pouquíssimo petróleo se comparado a antigamente e assim toda a produção derivada desta nova matriz energética tem sido utilizada exclusivamente no mercado interno e tem ajudado significativamente a recuperar a economia do pais.

Até pouco tempo o maior importador de petróleo do mundo eram os EUA, com a descoberta da possibilidade de se obter combustíveis fósseis a partir do Xisto Betuminoso (fracking) esta demanda interna por petróleo diminuiu drasticamente e a produção mundial manteve se constante nos países exportadores.



O resultado desta conjuntura não poderia ser diferente: de um lado há o excesso de oferta de petróleo e por outro a baixa demanda por consumo e o fim deste cenário todos nós conhecemos com a queda abrupta no preço mundial do barril de petróleo.

São questões atuais que a Rede Globo não mostra para manter o povo brasileiro desinformado do que acontece lá fora, pois para eles o mais importante é distorcer os fatos para tentar jogar a população contra o governo federal, em fim o buraco é bem mais em baixo do que se imagina, pois muitos desconhecem as conjunturas internacionais envolvendo o mercado mundial de petróleo.



E é justamente aí onde reside o paradoxo de ter que procurar fontes estrangeiras (o jornal El País é da Espanha) no outro lado do Oceano Atlântico para obter informações confiáveis que permitam compreender o que realmente acontece no cenário exterior e as suas repercussões no país, tendo em vista que aqui há setores da imprensa muito mais preocupados em jogar a população contra o governo do que mantê-la bem informada sobre a dinâmica da economia internacional e como esta gera reflexos no Brasil, no final da postagem há um gráfico com as indicações das maiores reservas mundiais desta rocha denominada Xisto Betuminoso.

Para concluir vale destacar que no dia 13 de janeiro de 2015 foi publicada no DOU - Diário Oficial da União a Lei Complementar nº 149/15 que permite a Presidente da República delegar ao Ministro de Estado da Defesa a permissão para que o mesmo autorize o ingresso e a permanência de Forças Armadas estrangeiras no território brasileiro sem a necessidade de autorização do Congresso Nacional.

Apesar da inovação legislativa que autoriza o poder executivo federal agir com maior rapidez em casos excepcionalíssimos (a exemplo de um golpe de estado), ressaltamos novamente que queremos paz, pois retirar do poder uma presidente da república que foi eleita democraticamente não resolverá os nossos problemas e sim agravá-los em face a instabilidade política e o agravamento da tensão entre grupos sociais hostis e antagônicos que poderão entrar num conflito armado interno (guerra civil).

Neste momento em nada adiantará substituir os jogadores (políticos) sendo muito mais importante mudar as regras do jogo (sistema político) através de uma reforma política.

Se querem mudar os jogadores: aguardem as próximas eleições em 2016 e em 2018 e aprendamos a votar nos melhores, respeitando as regras eleitorais vigentes, em clima de paz e sem golpismos baratos.

Agora vocês já chegaram a conclusão de que o recentes aumentos nos preços dos combustíveis aqui no Brasil não possuem qualquer correlação com os problemas da Petrobrás e já sabe que há aspectos econômicos internacionais que estão pressionando pela alta dos preços. Em fim, os nossos problemas decorrem de fatores externos e não por causa da corrupção na maior estatal do país como a imprensa tenta mostrar para jogar a população contra o governo e provocar o caos social para que depois ocorra um posterior conflito interno.

Não queremos Golpe de Estado e nem guerras internas, queremos paz!

Antoniel Ferreira Junior
Salvador, capital do Estado da Bahia.
24 de março de 2015.

Fonte: http://brasil.elpais.com/m/brasil/2014/10/29/economia/1414618384_024198.html





segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

GOVERNADORES DA BAHIA: QUEREM SE APOSENTAR? TRABALHEM (E CONTRIBUAM FINANCEIRAMENTE) PARA TER DIREITO AO BENEFÍCIO COMO FAZEM TODOS OS TRABALHADORES BRASILEIROS

As recentes leis estaduais que conferem benefícios a ex-governadores além de serem imorais, ofendem o princípio da isonomia (igualdade de todos perante a lei) que está inserido no caput do artigo 5º da Constituição Federal.


Todos os brasileiros que gozam de aposentadorias contribuíram para tal por um determinado período de tempo, atendendo ao binômio financeiro-temporal., mas os ex-governadores querem ser exceções a regra mesmo inexistindo qualquer respaldo na Constituição Federal vigente, senão vejamos.
Pelo que se tem visto na prática o efeito vinculante das decisões de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal - STF nas ADINs (artigo 102, §2º da Constituição Federal) não impedem as assembléias legislativas de vários estados brasileiros em insistir no erro de votar e aprovar pensões vitalícias a ex-governadores sem qualquer amparo constitucional, em especial quando se refere as disposições contidas no artigo 169, §1º, inciso I e no artigo 195, § 5º que se correlacionam respectivamente a prévia dotação orçamentária e a necessidade de uma respectiva fonte de custeio para o referido benefício previdenciário.
Outrossim, mesmo que fosse legalizada vale ressaltar que a pensão é uma modalidade de benefício previdenciário e teria que existir um RPPS - Regime Próprio de Previdência Social para gerir as arrecadações das contribuições dos ex-governadores (no exercício do cargo), com a ressalva de que só é possível ocupar tal cargo por 8 anos, portanto em caráter provisório e não definitivo, ademais governador é um cargo eletivo (o postulante é submetido a um processo eleitoral válido) e não um cargo público que exige a prévia aprovação em concurso público.
Não é cabível almejar o gozo de tal benefício previdenciário sem que haja qualquer contribuição para tal, pois todos nós sabemos que no RGPS - Regime Geral de Previdência Social mesmo que hajam contribuições destinadas a esta finalidade ainda há a necessidade do atendimento do prazo de carência, portanto a concessão de tais benefícios exigem o atendimento a dois critérios: o financeiro (contribuições) e o temporal (cumprimento do prazo de carência).
Portanto, governador se queres se aposentar: vá trabalhar (e contribua para fazer jus ao benefício)!


Além de trabalhar não se esqueçam de contribuir para ter direito ao benefício como fazem todos os trabalhadores brasileiros.


E ainda, estas "benesses" não estão relacionadas ao BPC da LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social, cujos parâmetros estão estipulados na lei 8.742/1993 com as modificações posteriores advindas com a lei nº 12.435/2011.
Em fim, as CCJs - Comissões de Constituição e Justiça das assembléias legislativas brasileiras que deveriam fazer o controle preventivo de constitucionalidade das leis estaduais antes das mesmas serem votadas ignoram a Constituição Federal, fecham os olhos para tais questões essenciais (e elementares)  permitindo que tais leis materialmente inconstitucionais sejam submetidas ao plenário para que posteriomente sejam aprovadas e sancionadas pelos futuros beneficiários das mesmas leis inconstitucionais (os governadores que futuramente serão ex-governadores) e poderão gozar do beneficio que aprovara outrora.
Conclusivamente acredito que a RCL - Reclamação Constitucional do CFOAB - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil no STF não surtirá o efeito necessário prático, pois não vincula o Poder Legislativo baiano (ALEBA) a decisão da ADIN 3.853 (Mato Grosso do Sul).

Por todas estas razões creio que o melhor caminho seja partir para o controle repressivo de constitucionalidade (judicial) e acionar o Conselho Federal da OAB (CFOAB) para que seja proposta uma nova ADIn (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no Supremo Tribunal Federal - STF especificamente para revogar do ordenamento jurídico as duas leis (imorais) do Estado da Bahia (que a ALEBA votou e aprovou) referentes aos benefícios vitalícios concedidos aos ex-governadores (pensão, segurança, motorista, etc...).
Abraços a todos.
Cordialmente,


Antoniel Ferreira Junior
Salvador, capital do Estado da Bahia.
05 de janeiro de 2015.
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/11/aprovada-pec-que-cria-pensao-vitalicia-para-ex-governadores-da-ba.html


26/11/2014 14h00 - Atualizado em 26/11/2014 14h00

Aprovada PEC que cria pensão vitalícia para ex-governadores da BA

Deputados baianos aprovaram texto por unanimidade em votação na terça.
Documento prevê pensão de cerca de R$ 20 mil para ex-gestores.

Do G1 BA
Os deputados da Bahia aprovaram na terça-feira (25) a Proposta de Emenda à Constituição 141/14 que cria a aposentadoria vitalícia para ex-governadores da Bahia. A PEC é de autoria do deputado Adolfo Menezes (PSD) e foi aceita por unanimidade, em votação realizada na Assembleia Legislativa (Alba).
Segundo o projeto, para ter direito ao benefício, os ex-gestores devem ter cumprido mandatos por quatro anos consecutivos ou cinco intercalados, além de contribuído por 30 anos para a Previdência Social.
O projeto prevê que os ex-governadores recebam pensão de cerca de R$ 20 mil mensais. Em caso de morte, a viúva do gestor passará a ter o benefício. Para começar a vigorar, o projeto de lei precisa ser sancionado pelo governador do estado, Jaques Wagner.
Contas do Estado
Também na terça-feira, os deputados baianos aprovaram as contas do governo do Estado referentes ao exercícios de 2011 e 2012. O Projeto de Decreto Legislativo 2.499/14, referente ao ano de 2011, foi aprovado por 35 votos a 3, enquanto que o Decreto Legislativo 2.500/14, para 2012, por 40 votos a 3.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

QUEREM REFORMA POLÍTICA SEM DAR EXEMPLOS DE EVOLUÇÃO POLÍTICA?!?!?!?!


POIS É, TUDO INDICA QUE ATÉ 2018 CONTINUAREMOS NA MESMICE DOS APADRINHAMENTOS POLÍTICOS NAS INDICAÇÕES PARA O ALTO ESCALÃO DO GOVERNO FEDERAL
Por tradição, lá na Alemanha os ministros indicados pela Chanceler Federal Ângela Merckel para assumir os cargos no primeiro escalão do governo alemão são parlamentares que foram eleitos pelo povo alemão, ou seja, são políticos que passaram pelo crivo das urnas e que de certa forma conferem mais legitimidade para a Chanceler Federal fazer tais indicações.
Lá nos Estados Unidos a ex-primeira dama Hillary Clinton mesmo sendo eleita senadora pelos norte-americanos teve que renunciar ao Senado para assumir o cargo de Secretária de Estado no governo de Barack Obama, ou seja, ela também passou pelo crivo eleitoral para ser indicada a tal cargo no primeiro mandato presidencial de Obama (2008-2012).
Ao que tudo indica em 2016 Hillary Clinton será a primeira mulher eleita para a presidência dos Estados Unidos da América, tendo em vista que foi a primeira mulher a ocupar o principal cargo do 1º escalão do governo norte-americano como Secretária de Estado entre 2009 e 2013.
Enquanto isso aqui no Brasil continuamos na mesmice e pelo visto sem perspectivas de evolução até 2018 em nome da tal "governance" e por isso os critérios para a indicação ao primeiro escalão do governo federal continuam obscuros (e obsoletos).
Tudo pela governabilidade em detrimento da evolução política...
A postura do governo federal é paradoxal, pois ao mesmo tempo que almeja mobilizar a sociedade civil brasileira para que a Reforma Política seja factível; contraditoriamente surpreende a todos começando a organização administrativa do próximo mandato presidencial (ainda não se sabe se é temporária ou definitiva) com o "pé esquerdo" no momento em que deveria ser o primeiro a dar exemplos para estimular tais mobilizações sociais pela tal Reforma Política.
O cenário delineado é literalmente "broxante" em termos pragmáticos (ação) e programáticos (tempo) e pelo visto a Reforma Política ainda levará muito tempo para acontecer aqui no Brasil.


Há um enorme abismo entre o discurso e a prática.


Fato!

Antoniel Ferreira Junior

Salvador, capital do Estado da Bahia.
1º de janeiro de 2015.