POIS É, TUDO INDICA QUE ATÉ 2018 CONTINUAREMOS NA MESMICE DOS APADRINHAMENTOS POLÍTICOS NAS INDICAÇÕES PARA O ALTO ESCALÃO DO GOVERNO FEDERAL
Por tradição, lá na Alemanha os ministros indicados pela Chanceler Federal Ângela Merckel para assumir os cargos no primeiro escalão do governo alemão são parlamentares que foram eleitos pelo povo alemão, ou seja, são políticos que passaram pelo crivo das urnas e que de certa forma conferem mais legitimidade para a Chanceler Federal fazer tais indicações.
Lá nos Estados Unidos a ex-primeira dama Hillary Clinton mesmo sendo eleita senadora pelos norte-americanos teve que renunciar ao Senado para assumir o cargo de Secretária de Estado no governo de Barack Obama, ou seja, ela também passou pelo crivo eleitoral para ser indicada a tal cargo no primeiro mandato presidencial de Obama (2008-2012).
Ao que tudo indica em 2016 Hillary Clinton será a primeira mulher eleita para a presidência dos Estados Unidos da América, tendo em vista que foi a primeira mulher a ocupar o principal cargo do 1º escalão do governo norte-americano como Secretária de Estado entre 2009 e 2013.
Enquanto isso aqui no Brasil continuamos na mesmice e pelo visto sem perspectivas de evolução até 2018 em nome da tal "governance" e por isso os critérios para a indicação ao primeiro escalão do governo federal continuam obscuros (e obsoletos).
Tudo pela governabilidade em detrimento da evolução política...
A postura do governo federal é paradoxal, pois ao mesmo tempo que almeja mobilizar a sociedade civil brasileira para que a Reforma Política seja factível; contraditoriamente surpreende a todos começando a organização administrativa do próximo mandato presidencial (ainda não se sabe se é temporária ou definitiva) com o "pé esquerdo" no momento em que deveria ser o primeiro a dar exemplos para estimular tais mobilizações sociais pela tal Reforma Política.
O cenário delineado é literalmente "broxante" em termos pragmáticos (ação) e programáticos (tempo) e pelo visto a Reforma Política ainda levará muito tempo para acontecer aqui no Brasil.
Há um enorme abismo entre o discurso e a prática.
Fato!
Antoniel Ferreira Junior
Salvador, capital do Estado da Bahia.
1º de janeiro de 2015.
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