terça-feira, 24 de março de 2015

QUEREMOS PAZ E NÃO FAREMOS O JOGO DOS EUA, POIS A GUERRA NÃO RESOLVERÁ OS PROBLEMAS ECONÔMICOS, SOCIAIS E POLÍTICOS DO BRASIL E SIM AGRAVÁ-LOS/ O NOVO PARADOXO DO ACESSO A INFORMAÇÃO...



A tentativa de reeditar a Marcha Pela Família com Deus Pela Liberdade no último dia 15 de março de 2015 da mesma forma que fizeram na época do Golpe de 64 não vingou, tendo em vista que há duas variáveis importantes que devem ser levadas em consideração: a primeira variável consiste no fato de inexistir o apoio da Igreja Católica, até por que o nosso querido Papa Francisco II é da Argentina que assim como o Brasil é um país cuja presidente sofre a nível local os mesmos ataques de alguns setores da imprensa argentina destinados a tentar enfraquecer os governos dos países sul americanos que se isolam cada vez mais dos EUA por conta sua sua politica externa equivocada e que não respeita a soberania e a capacidade de auto-determinação dos povos do Cone Sul.

É preciso um senso de percepção muito aguçado para compreender a complexidade das questões nacionais, com o destaque de que o aumento nos preços dos combustíveis não possui qualquer correlação direta com os problemas na Petrobrás, este arrazoado não almeja sob qualquer aspecto defender a corrupção, isto está absolutamente fora de cogitação, todavia para compreender o que acontece aqui no Brasil é muito importante olhar para fora dele, pois há conjecturas externas em curso e é preciso compreendê-las para perceber que há muita manipulação de informações a fim de tentar jogar a população contra o governo e provocar instabilidade política, institucional e por fim o caos social para tentar levar o país a um conflito armado interno (guerra civil).



Até mesmo a Alemanha que alhures ao Cone Sul na condição de ser a maior potência econômica da Europa também cogita se desvincular da OTAN - Aliança Militar do Atlântico Norte para se aliar aos BRICs (bloco econômico e militar formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China), fato agravado pelos gravíssimos escândalos de espionagem que foram descobertos e envolvem vários chefes de Estado, inclusive líderes mundiais a exemplo da chanceler alemã Ângela Merckel. 

Se um dia o Japão e a Coréia do Sul superassem as suas desavenças históricas com a China e também se juntassem aos BRICs seria ótimo, pois aumentaria o isolamento dos EUA perante aos demais países e fortaleceria ainda mais os BRICs.



A segunda variável consiste na falta de apoio dos movimentos populares, o absurdo ódio de classes que foi visto nas últimas manifestações de 15 de março de 2015 denotam que este movimento foi idealizado e concebido por burgueses (a turma criada com Toddynho e biscoito recheado) e que não possuem qualquer identificação com as massas populares, sendo a razão primeva do esvaziamento das recentes manifestações.

E ainda, vale frisar que os famigerados argumentos de que o Bolsa Família acomoda as pessoas menos abastadas a irem as ruas se manifestar contra o governo também não se sustentam, pois se realmente fossem atingidas pelas tais turbulências econômicas que a imprensa brasileira tanto insiste em escandalizar a fim de jogar a população contra o governo seria muito fácil trazê-las as ruas, pois são exatamente estes os segmentos mais prejudicados pelas instabilidades na economia e portanto mais fáceis de serem mobilizados.

Onde já se viu moradores dos bairros mais nobres de Salvador  a exemplo da Graça, Barra e Pituba fazendo um tal "panelaço" contra o governo federal, estes tais "panelaços" não deveriam acontecer nos bairros periféricos da cidade?

Por quê não ocorreram?

Em fim, tentam desesperadamente simular uma realidade que não lhes pertencem e que sequer existe na prática e que mais uma vez denota a falta de similitude e sintonia destas pessoas com os movimentos populares.





Por falar neste abominável ódio de classes que estão criando aqui no Brasil, é válido alertar que estas segregações sociais reacionárias feitas na sociedade brasileira são perigosas sementes que no futuro poderão levar o país a uma guerra civil, pois criam-se grupos sociais hostis entre si e que podem entrar num conflito armado e quando este ocorrer será iniciada a guerra civil brasileira, já temos problemas demais com a violência urbana.

O primeiro passo para a guerra consiste em criar estas segregações em dois planos, um plano inicial consiste no clima de pânico e de instabilidade política que alguns setores da imprensa tentam implantar desesperadamente aqui no Brasil para gerar pânico e insegurança nas pessoas e em segundo plano estimulam a hostilidade entre grupos sociais antagônicos para que estes entrem em conflito. 






Por isso recomenda-se que estejamos muito atentos as divulgações nos meios de comunicação tradicionais, sobretudo a Rede Globo, Estadão, revista Veja e congêneres.

O grande segredo é não entrarmos neste jogo, queremos paz e não guerras internas, isso só vai permitir que países inescrupulosos que desrespeitam a soberania e a capacidade de auto-determinação dos outros países a exemplo dos EUA possam explorar as nossas riquezas sem quaisquer questionamentos da mesma forma que fazem em alguns países da África que estão ou já estiveram em guerras civis recentes a exemplo de Serra Leoa, Congo, Nigéria, Angola, Sudão, etc...

Todos os países em guerras internas tem como aspectos comuns um quadro crítico de instabilidade política e institucional associado a grupos sociais e/ou étnicos antagônicos e que são hostis entre si em conflito.

Não deixem plantar estas sementes aqui no Brasil.

Agora abordemos a conjuntura externa internacional e para ilustrá-la segue a paradoxal reportagem do  jornal espanhol El Pais sobre a nova ordem no mercado mundial de petróleo.




A produção de combustíveis fosseis a partir do fracionamento do Xisto Betuminoso delineia uma nova matriz energética para concorrer com os países exportadores de petróleo.

O maior alvo da concorrência são os paises vinculados a OPEP - Organização dos Paises Exportadores de Petróleo (paises do Oriente Médio e alguns poucos do norte da Africa e América do Sul). Vale destacar que aqui na America do Sul a Venezuela e o Equador fazem parte da OPEP.

Agora os EUA também querem competir com os países que investem na exploração do petróleo na camada pré-sal (5 a 7 mil metros de profundidade) a exemplo do Brasil.

O processo de extração de combustíveis fosseis do Xisto Betuminoso é extremamente complexo, o processamento químico dos produtos utilizados deve ser muito cuidadoso, pois geram grandes riscos ambientais e a saúde principalmente no que tange a contaminação dos mananciais de água e lençóis freáticos com o Gás Metano, uma substância altamente tóxica e que pode trazer sérios problemas a saúde da população norte americana.




Apesar dos sérios riscos ambientais e a saúde pública os mandatários do setor nos EUA preferem correr o risco para alcançar os seus objetivos na área energética, econômica e acima de tudo para manter a hegemonia do país perante os demais.

Se o preço do barril de petróleo no mercado internacional continuar em valores tão baixos (valor atual 52 dólares quando outrora já chegou a  U$$ 150,00) até a exploração de petróleo na camada pré-sal aqui no Brasil poderá ser economicamente  inviabilizada, pois os altos custos de produção não serão repostos na comercialização dos barris extraídos, sendo necessário repassar estes custos para os consumidores.

Não se surpreendam se no futuro tivermos novos aumentos nos preços dos combustíveis aqui no Brasil, todavia vamos pensar positivo e torcer para o preço internacional do barril aumentar lá fora para que isso não aconteça (reflexo).



Hoje por causa desta nova fonte energética (Xisto Betuminoso) os EUA importam pouquíssimo petróleo se comparado a antigamente e assim toda a produção derivada desta nova matriz energética tem sido utilizada exclusivamente no mercado interno e tem ajudado significativamente a recuperar a economia do pais.

Até pouco tempo o maior importador de petróleo do mundo eram os EUA, com a descoberta da possibilidade de se obter combustíveis fósseis a partir do Xisto Betuminoso (fracking) esta demanda interna por petróleo diminuiu drasticamente e a produção mundial manteve se constante nos países exportadores.



O resultado desta conjuntura não poderia ser diferente: de um lado há o excesso de oferta de petróleo e por outro a baixa demanda por consumo e o fim deste cenário todos nós conhecemos com a queda abrupta no preço mundial do barril de petróleo.

São questões atuais que a Rede Globo não mostra para manter o povo brasileiro desinformado do que acontece lá fora, pois para eles o mais importante é distorcer os fatos para tentar jogar a população contra o governo federal, em fim o buraco é bem mais em baixo do que se imagina, pois muitos desconhecem as conjunturas internacionais envolvendo o mercado mundial de petróleo.



E é justamente aí onde reside o paradoxo de ter que procurar fontes estrangeiras (o jornal El País é da Espanha) no outro lado do Oceano Atlântico para obter informações confiáveis que permitam compreender o que realmente acontece no cenário exterior e as suas repercussões no país, tendo em vista que aqui há setores da imprensa muito mais preocupados em jogar a população contra o governo do que mantê-la bem informada sobre a dinâmica da economia internacional e como esta gera reflexos no Brasil, no final da postagem há um gráfico com as indicações das maiores reservas mundiais desta rocha denominada Xisto Betuminoso.

Para concluir vale destacar que no dia 13 de janeiro de 2015 foi publicada no DOU - Diário Oficial da União a Lei Complementar nº 149/15 que permite a Presidente da República delegar ao Ministro de Estado da Defesa a permissão para que o mesmo autorize o ingresso e a permanência de Forças Armadas estrangeiras no território brasileiro sem a necessidade de autorização do Congresso Nacional.

Apesar da inovação legislativa que autoriza o poder executivo federal agir com maior rapidez em casos excepcionalíssimos (a exemplo de um golpe de estado), ressaltamos novamente que queremos paz, pois retirar do poder uma presidente da república que foi eleita democraticamente não resolverá os nossos problemas e sim agravá-los em face a instabilidade política e o agravamento da tensão entre grupos sociais hostis e antagônicos que poderão entrar num conflito armado interno (guerra civil).

Neste momento em nada adiantará substituir os jogadores (políticos) sendo muito mais importante mudar as regras do jogo (sistema político) através de uma reforma política.

Se querem mudar os jogadores: aguardem as próximas eleições em 2016 e em 2018 e aprendamos a votar nos melhores, respeitando as regras eleitorais vigentes, em clima de paz e sem golpismos baratos.

Agora vocês já chegaram a conclusão de que o recentes aumentos nos preços dos combustíveis aqui no Brasil não possuem qualquer correlação com os problemas da Petrobrás e já sabe que há aspectos econômicos internacionais que estão pressionando pela alta dos preços. Em fim, os nossos problemas decorrem de fatores externos e não por causa da corrupção na maior estatal do país como a imprensa tenta mostrar para jogar a população contra o governo e provocar o caos social para que depois ocorra um posterior conflito interno.

Não queremos Golpe de Estado e nem guerras internas, queremos paz!

Antoniel Ferreira Junior
Salvador, capital do Estado da Bahia.
24 de março de 2015.

Fonte: http://brasil.elpais.com/m/brasil/2014/10/29/economia/1414618384_024198.html





Nenhum comentário:

Postar um comentário