segunda-feira, 8 de outubro de 2012

As lições do 1º turno nas eleições municipais de 2012 em Salvador...


O suposto erro do IBOPE é compreensível e foi causado por fatores externos ao conturbado contexto eleitoral em que estamos inseridos, a exemplo da alarmante quantidade de eleitores que se eximiram de escolher seus representantes seja deixando de ir as urnas ou comparecendo as urnas para invalidar o seu voto (branco ou nulo) em face a incidência da regra do artigo 77, § 2º da Constituição Federal (que só admite os votos válidos para a  apuração final) e que é extensiva nas eleições para a escolha dos governadores e prefeitos e portanto o voto em branco e o voto nulo não possuem qualquer serventia prática em termos numéricos.

De toda sorte fica a lição de que uma coisa é dizer em quem vai votar, todavia comparecer as urnas e ratificar esta pretensão é outra completamente diferente, pois o fato do cidadão sinalizar a sua preferência em pesquisas eleitorais não mais se traduz necessariamente no fato de que esta escolha na prática se traduza em voto válido, afinal de contas o voto é secreto.

Muitos soteropolitanos não participaram efetivamente do processo eleitoral do primeiro turno para escolher o próximo prefeito de Salvador o que denota a existência de um grave processo de descrédito na política, só a titulo de curiosidade vejamos alguns números divulgados pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral em relação ao 1º turno em Salvador em relação ao processo eleitoral para prefeito, senão vejamos.

19,93% de abstenções;
4,84% de votos em branco;
9,39% de votos nulos.

Somando todos estes valores conclui-se que cerca de 34,16% dos eleitores de Salvador deixaram participar conscientemente do certame eleitoral soteropolitano no qual coube a aproximadamente 65,84% dos eleitores da cidade escolher os seus representantes.

Estas amostras estatísticas comprovam a insatisfação do eleitorado com os nossos representantes no qual tende a prevalecer a lógica de que se não é possível votar no melhor então que se vote no "menos pior", o que é muito mais plausível do que deixar de votar ou invalidar o voto.

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